Wow, nunca pensei que fosse escrever sobre este livro???

Houve uma altura em que nunca tinha paciência para escrever sobre os livros que lia, mas este... Wow.


O Senhor das Sombras é o segundo livro na série Os Artifícios Negros, de Cassandra Clare. Faz parte do mundo de Caçadores de Sombras, portanto convém ler Os Instrumentos Mortais e Os Instrumentos Mortais: As Origens primeiro, embora eu não tenha lido os últimos dois livros da primeira.

Façam o que eu digo, não façam o que eu faço.

(um dia vou lê-los)

Este livro continua a história de muitos personagens! Emma Carstairs e Julian Blackthorn, dois parabatai com aquele probleminha de amor proibido; Cristina, Mark e Kieran com aquele triângulo que todos adoram; Livvy, Kit e Ty com a sua amizade que me faz amar a vida, etc.

Ah, claro, também existe a história em si e não só a parte focada nos personagens, mas eu sou muito apegada a personagens.

Sinceramente, não sei descrever exatamente o livro para quem não o leu. Vão ao Google e pesquisem pelos livros da Cassandra Clare. Provavelmente deviam começar por Cidade dos Ossos, mas começar por Anjo Mecânico também não é mau. (só não leiam Princesa Mecânica antes de acabarem Os Instrumentos Mortais!)

Por favor parem de ler agora se não quiserem levar spoilers, porque logo o primeiro que vou discutir é provavelmente o maior spoiler deste livro inteiro.



A razão de eu querer escrever este post: a morte da Livvy.

Escrevi sobre isso na minha review no Goodreads, e vou traduzi-lo:

"Estou a chorar enquanto escrevo isto, mas vou tentar ser o mais coerente possível. Peço desculpa se falhar. Quero escrever principalmente sobre uma coisa: a morte da Livvy.

Tendo mais ou menos a mesma idade que a Livvy, o Kit e o Ty, sempre gostei deles especialmente porque os entendia, penso eu, e entendia ainda mais a Livvy pois tenho um irmão que tem Asperger.

Acho que foi por isso que a morte da Livvy me atingiu tanto. Comecei a chorar imediatamente! Estou devastada...

Não só era ela tão jovem e tão boa personagem, como também tinha uma família! Uma família enorme que viveu com perda a sua vida inteira! Perderam os seus pais, perderam o seu tio, a irmã deles está exilada, o irmão foi afastado deles durante muito tempo, e agora perderam a Livvy. Agora o Ty perdeu a Livvy. Não consigo parar de chorar. Não fiquei assim tão triste com a morte de um personagem em muito tempo. Acho que não chorei assim tanto ao ler desde Princesa Mecânica.

Quando o Robert morreu, eu não o esperava, mas não estava mesmo à espera da morte de um personagem principal. Ela não. Não podia ser ela, mas foi, fui apanhada de surpresa e estou devastada."

Não o mencionei no Goodreads, mas a família dela também o viu a acontecer. A Dru, de 13 anos, viu a irmã a ser assassinada. O irmão gémeo, Ty, viu a irmã a ser assassinada. O Julian segurou-a nos braços enquanto ela morria. O Mark e a Helen viram. A família quase toda viu. Ainda bem que o Tavvy não viu, mas não estou nada ansiosa para ler sobre a reação dele.

Também não estou ansiosa para ver como o Ty vai lidar com a situação. Estou tão aliviada por ele ter conhecido e ficado amigo do Kit. Obviamente que não é a mesma coisa de ter a Livvy com ele, e nunca será uma "substituição" (eles eram um trio!!), mas é muito melhor do que lidar com as coisas sozinho. Pelo menos o Ty tem alguém que lhe compreende, e não vai lidar com a dor sozinho enquanto os irmãos lidam com a sua própria dor.

Isso muda tudo. Como é que vai ser o Julian depois disso? O Julian, que cuidou dela desde que tinha 12 anos? Que foi forçado a crescer demasiado cedo e tornar-se uma figura paterna para os seus irmãos quando era apenas uma criança? Que a viu crescer, que nunca a vai ver tornar-se adulta?

Como é que vai ser a Helen, que viveu tantos anos afastada? Que viu a irmã crescida depois de tanto tempo, mas foi tão brevemente? A Helen, que nem teve tempo de matar saudade e que agora vai viver com saudade permanente?

O Ty, que era irmão gémeo da Livvy? Que perdeu uma das únicas pessoas que lhe compreendeu durante a vida inteira?

O Mark, que depois de passar tantos anos afastado, habitua-se aos irmãos, apenas para perder um deles pouco tempo depois?

A Dru, que assistiu a tudo? Que vai crescer com a memória da irmã a morrer diante dos seus próprios olhos?

O Tavvy, que desde bebé sabe o que é perder familiares e que chora sempre que se despede de alguém porque já sabe que todas as despedidas podem ser a última?

É como se a Cassandra Clare tivesse arrancado o meu coração com as suas próprias mãos e o rasgado em pedacinhos.

Outra coisa: e o exílio de Julian e de Emma? Como é que vai ser, com a morte do Robert? Tenho certeza absoluta que o próximo Inquisidor não vai ser assim tão compreensivo como Robert foi.

Tenho um ódio tão grande por Annabel. Pensava que, nesta série, a pessoa mais odiável era Zara. Estava tão, tão errada.

Quero parar de falar sobre mortes. Isto está a ficar demasiado triste.

(wow, que novidade, a morte de uma criança de 15 anos é triste, descobriste o Brasil, Mari)



Gostava de falar sobre coisas que gostei:

1) a dinâmica entre o Kit, o Ty, e a Livvy

Vamos ignorar o pequeno facto que de um dos membros deste trio está morto e fingir que nunca aconteceu.

Adoro a amizade destes três! É uma pena tão grande ter sido tão curta! A amizade deles foi crescendo ao longo do livro, e isso fez-me ficar muito feliz.



2) comunicação entre a Emma e o Julian

FINALMENTE param com aquela falta de comunicação que odeio! Finalmente a Emma deixa de ser "nobre" (estúpida) e de tentar proteger o Julian e conta-lhe que nunca esteve com o Mark a sério. Finalmente eles falam sobre os seus sentimentos, finalmente se tornam livros abertos, finalmente!

Eu odeio tanto nos livros quando algo pode ser resolvido muito mais facilmente se as personagens simplesmente tiverem uma conversa séria sobre o assunto! Existe algo muito útil nos seres humanos, uma característica única, que serve para nos ajudar a expressar o que sentimos, necessidades, etc: LINGUAGEM. Usem-na, pelo amor de Deus!!



3) aquela cena entre a Emma e o Julian

Acho que todos sabem a que me refiro.

"- Parte-me o coração - disse ele. - Parte-o aos bocados. Tens a minha permissão."

O MEU CORAÇÃO. Não aguento!! Soa muito cliché, mas já nem quero saber. Estava à espera de um momento como este há muito tempo.



4) revelação da Diana

Não esperava! Acho que é um passo certo na direção de mais representação de personagens diferentes nos livros. Estou a gostar de ver isso nos livros que leio. É uma das primeiras personagens transgéneras que leio, e é a primeira cuja transição está completa.

Também adorei a indiferença de Gwyn! Adorei o facto de a Diana não ter nascido uma mulher fisicamente não ter alterado a atração que ele sente por ela. Começo a apreciar cada vez mais certas fadas.



5) as referências a certos livros do passado

Refiro-me a coisas como aquela parte em que Kit casualmente menciona que algum idiota chamado Will H assinou todos os livros da biblioteca. Ah, Will, ainda suspiro por ti, mesmo que estejas morto há 80 anos.

A Jessamine neste livro também me fez ficar feliz. Revisitar o Instituto de Londres em geral agradou-me muito, já tinha saudades.



Com isto dito, também houve coisas que não me agradaram muito, nomeadamente triângulos amorosos. Estou feliz que a coisa toda de Emma/Mark/Julian acabou, mas aquilo de Mark/Cristina/Kieran não me agradou assim tanto. Para ser sincera, gostava mais de ver o Mark com o Kieran, mas eles acabaram, e também não gostei nada do que o Mark fez durante algum tempo, beija um, beija outro, whatever. Foi praticamente traição, porque ele ainda estava tecnicamente com o Kieran. Não fui fã.

No entanto, gostei da dinâmica entre a Cristina e o Kieran! Gostava de ver mais a amizade deles no próximo livro, mas tenho a leve impressão que Kieran vai ser proibido de ver os Nefelins por ser fada ou que, pelo menos, não vai estar presente da mesma maneira que esteve neste.

Outra coisa: vejo muita gente a shippar o Ty e o Kit, e ainda não tenho a certeza do que acho sobre isso! Acho que, neste momento, o que eles os dois precisam é de uma amizade. Principalmente com a morte da Livvy, seria muito cedo para Ty ter uma relação. O mesmo com o Kit, que não vai estar de luto da mesma maneira que Ty, mas que vai estar triste na mesma, e que também está a lidar com a morte do Johnny. Acho que gostava mais que eles continuassem amigos (não sei o que acho da ideia de eles se tornarem parabatai! Estou um pouco traumatizada com a situação da Emma e do Jules), mas se eles tivessem uma relação bem desenvolvida e que não fosse forçada nem muito cedo, não me importava. Acho que vai depender muito da execução. Só espero que um deles não morra.

Sei que existem muitas coisas que não mencionei, como, ah, não sei, a história em si? O enredo? Mas, para além de ter lido o livro em 4 meses e, por isso, não me conseguir lembrar de todos os pequenos detalhes, já falei de tudo o que tinha a falar. Oops.

Só digo que tive saudades do Jem neste livro, e que espero seriamente que ele apareça no próximo. A Tessa também. (chorando a morte do Will aqui)

-Mari.

Sinto que já se passou uma eternidade desde que falei sobre um livro no blog.

Isso muda hoje.

Para ser sincera, ainda não tinha lido nenhum livro em 2018, a não ser um mangá de Naruto.

(sim, eu sei, shh)



No entanto, recentemente li Carry On, de Rainbow Rowell! Há uns anos, quando li Fangirl, fiz um post a falar sobre o livro. Nele mencionei uns personagens chamados Simon Snow e Baz. Estes eram personagens de uma série fictícia (livros fictícios num livro fictício, wow), e a Cath (personagem principal de Fangirl) estava completamente OBCECADA com eles.

Aconteceu que a autora apaixonou-se tanto pelos personagens fictícios por quem a sua personagem fictícia é apaixonada, que escreveu um livro sobre eles.

W O W.

Se já leram Fangirl, Carry On é basicamente a história de Simon e de Baz. Não a história como ela é em Fangirl propriamente: a autora só usa as personagens e a história básica de Simon Snow, e esta acaba de forma diferente.


Se nunca leram Fangirl, recomendo lerem antes de Carry On, pois não só é um livro muito bom, como terão uma "introdução" (mais ou menos) a Simon Snow. No entanto, também é possível ler este livro por si e entender tudo.

Simon é um mágico que frequenta uma escola de magia chamada Watford (sim, parece Harry Potter, acho que é suposto parecer). Ele partilha o quarto com um rapaz chamado Baz, que é o seu inimigo. Um novo ano letivo começa em Watford, e Baz não aparece na escola. É possível ele ter desistido, pois o 8º ano em Watford é opcional, mas Simon não acredita.

Vou ficar por aqui para não revelar mais nada.

Amei este livro (mais que Fangirl) por várias razões.

Primeira razão: as personagens. Achei-as todas fantásticas! Gostei do facto deste livro ser narrado por várias pessoas. Muitas vezes os mesmos capítulos eram narrados por pessoas diferentes. As mudanças de ponto de vista foram interessantes, deu para ver como a cabeça de cada um dos personagens funcionava. Achei-os elaborados, com os seus próprios pensamentos, personalidades, e atitudes. Não consigo escolher uma personagem favorita, amo a Penny, o Simon e o Baz demasiado.

Segunda razão: a dinâmica entre o Baz e o Simon. Vê-los a progredir foi... uma experiência. Não quero dizer muito ainda para não dar spoilers, mas eles desenvolvem-se muito ao longo das 400 páginas em que nos fazem companhia. O progresso destas duas personagens foi fantástico.

O enredo também foi muito interessante de se ler, embora ache que em muitas partes foi demasiado rápido. No entanto, isso não me preocupa. Acho que se fosse mais devagar, tornar-se-ia aborrecido e a história não fluía da mesma maneira que fluíu.

Em suma, recomendo a toda a gente que gosta de livros de romance com história por trás a ler este livro. Se gostam de coisas do género Fangirl e Eleanor & Park, tenho a certeza que vão gostar deste.


Agora finalmente posso me deixar ir e falar de tudo o que gostei.

PRIMEIRO DE TUDO, adorei que numa boa parte do livro o Baz está desaparecido e o Simon torna-se um pouco paranóico, a pensar que o Baz está a planear alguma coisa, a dizer que ele é o seu inimigo e que tem de estar sempre alerta para ele não fazer alguma coisa. Depois o Baz chega tipo meia hora atrasado e casualmente admite que está apaixonado pelo seu némesis. AS DIFERENÇAS!

Tenho de admitir que, quando li a parte em que ele admite os seus sentimentos assim, de forma tão casual, tenho a certeza que guinchei.

Já o mencionei na parte sem spoilers, mas o desenvolvimento nestes dois foi DE OURO.

Vê-los passar de "ele é o meu inimigo e um dia vamos matar-nos" a "está tudo bem, meu amor" foi simplesmente fantástico.

Sinceramente, já me tinha quase esquecido da sensação de estar completamente agarrada a um livro da maneira que estive agarrada a este. Não o conseguia pousar! Foi incrível devorar um livro novamente, fez-me ficar com um pouco de nostalgia pela altura em que lia praticamente um livro por semana. Espero que este livro me tenha feito redescobrir o meu amor por leitura.

Sei que os meus pensamentos estão muito desorganizados e não em ordem cronológica dos acontecimentos, mas tenho de falar na cena, já no fim, em que Baz está a consolar Simon e diz algo do tipo "está tudo bem, amor" e Penelope simplesmente pensa "e então tudo começa a fazer sentido". Essa parte foi tão casual, mas tão eficaz a fazer com que sorrisse como se estivesse a ver um filho pela primeira vez.

(Okay, um pouco exagerada, mas...)

Já vos disse que adorei a progressão do Simon e do Baz?

(Eu adorei a maneira que eles se desenvolveram, desculpem por me repetir mil vezes. Foi a melhor parte do livro para mim.)

Tenho uma pequena história:

A minha amiga emprestou-me este livro na escola (obrigada bEBÉZINHA). Levei-o na mão para a aula de Alemão para não o estragar dentro da minha mochila. No fim da aula, a minha professora pergunta-me, toda feliz e simpática (como de costume), sobre o que era o livro e pega nele para o ver. Ela lê a sinopse atrás, e eu já estava a ficar nervosa. De repente, ela abre o livro e começa a ler a primeira página.

OH. MEU. DEUS.

Eis o que está escrito na primeira página: "Ele está a afagar-me o estômago e eu fecho os olhos -- porque sabe bem. (Tão bem.) E também quero que me beije outra vez. O Snow beijou-me na noite passada até eu ficar com a boca dorida. Beijou-me tanto, que receei Transformá-lo com a minha saliva. Ele pôs-se de gatas em cima de mim e obrigou-me a erguer para alcançar a sua boca -- e eu fi-lo. Fá-lo-ia de novo. Por ele, ultrapassaria todos os limites. Estou apaixonado por ele."

OH. MEU. DEUS.

Tirei-lhe o livro da mão, deixando-a muito confusa. Senti-me mal, mas não a podia deixar pensar que sou uma tarada sexual! Aquela cena é mais inocente do que parece! (o mais inocente possível quando alguém se coloca de gatas por cima de alguém e beija essa pessoa, mas juro que ali sem contexto parece algo completamente diferente. Coisa que não é. A situação não avança a partir daí.) Tenho a certeza que fiquei mais vermelha que um tomate. Mais vermelha que o Baz quando cora depois de beber sangue.

Estive a ler o meu post sobre Fangirl antes de fazer este, e a Mariana de 13 anos escreveu isto: "Deixem-me começar por dizer que adorei aqueles excertos antes dos capítulos começarem, que eram ou dos livros de Simon Snow ou da fanfic que a Cath está a escrever!"

Consegui sentir a Mariana de 13 anos a fervilhar na minha mente. Dávamos gritinhos em coro. Mudei muito desde que li Fangirl, mas há coisas que nunca mudam (ou que, pelo menos, ainda não mudaram.)

Tenho a certeza que se fosse ela a escrever isto, estaria a escrever a maior parte em Caps Lock.

(Tive de me conter para não escrever tudo em Caps Lock.)

Resumindo e concluindo: Adorei o livro, e espero que os rumores sobre a Rowell estar a escrever uma sequela sejam verdade, porque eu devoraria o livro da mesma maneira que devorei este.

-Mari.

Vou ser sincera, estou sem ideias.

Eu até que podia escrever sobre Miraculous, mas não me apetece... Also, aqueles posts demoram bastante tempo.

Por isso estou aqui... A fazer algo mais fácil.

Oops?

Pelo menos fui sincera.



1) Um livro ou série de livros popular que não gostas (atenção: é possível que deduzam o fim da série Divergente ao ler isto)

Os únicos livros que me vêm à cabeça são a série Maze Runner, de James Dashner,  e Convergente, de Veronica Roth, o que é estranho porque eu gostava bastante desta série quando a li e gostava bastante de Divergente até chegar ao último livro!


Sinto que a série Maze Runner foi muito boa enquanto a estava a ler, mas após pensar um pouquinho eu fiquei tipo... não. Não gostava da Teresa, o Thomas passou a ser um chato. Comecei a pensar que as coisas não faziam muito sentido e o final não ajudou nada, achei anti-climático. As reviews que comecei a assistir também não fizeram com que a minha opinião melhorasse, pois alertaram-me a coisas que não tinha visto antes. Li a série há três anos atrás, portanto não me lembro de tudo o que me fez passar a não gostar de Maze Runner, mas também não tenho muito interesse em revisitar a série.

O caso de Divergente é estranho... Eu achei o primeiro livro fantástico! Era mesmo o que precisava de ler na altura, tinha lido Os Jogos da Fome há pouco tempo e queria alguma coisa daquele género. Sei que as duas séries são diferentes, mas tinham semelhanças suficientes: a personagem principal feminina de 16 anos (que eu, com 12 e 13 anos, via como quase adulta e madura, enquanto que hoje em dia, com 16 anos, vejo que era apenas uma criança que tinha sido impedida de crescer e viver uma vida de adolescente normal), o interesse amoroso atraente, a sociedade corrupta em que viviam...

Quando chegou a altura de ler Insurgente, achei medíocre. Achei aborrecido a ponto de emprestar o livro a uma amiga minha para ela ter a oportunidade de ler primeiro, já que não me via a acabar o livro assim tão cedo. No entanto, li o livro (e, se bem me lembro, foi a tempo de ir ver o filme no cinema com duas amigas minhas!) e tinha planos de continuar a série.

Agora, com Convergente... Shit.

Fun fact: eu sabia exatamente o que ia acontecer nesse livro. Aquela grande reviravolta, aquele spoiler enorme que toda a gente recebe... Foi esse spoiler que despertou o meu interesse na série. Estava naquela fase de descobrir livros que gostava, naquela altura que li séries como Harry Potter e Percy Jackson (minhas favoritas!) e achei esta reviravolta tão interessante que adicionei Divergente à minha lista de leitura!

No entanto, comecei a ler o livro e apercebi-me que não estava a gostar nada da experiência. Até hoje não o acabei, porque leio por diversão e não gosto de ter de me forçar a ler livros que não quero.

Primeiro de tudo, o ponto de vista duplo alertava logo qualquer pessoa que algo estava prestes a acontecer. Os dois livros anteriores tinham sido narrados pela Tris, porque é que tinham de adicionar o Tobias ali do nada? Um leitor astuto conseguiria perceber o que estava prestes a acontecer.

Segundo: ao ler os pontos de vista do Tobias, apercebi-me que ele não era exatamente quem eu pensava que ele era. Não sei descrever exatamente o que senti na altura, visto que já se passaram três anos desde aí, mas lembro-me que o achei chato. Não conseguia gostar dele, ele tornara-se irritante e desagradável. Li até mais ou menos metade do livro, que me lembre, e parei por aí. Nada de interessante estava a acontecer. Não tenho gosto nenhum em acabar este livro. Não tive há três anos atrás, não tenho agora.



2) Um livro popular que toda a gente odeia mas que tu gostas (mini-spoilers de Anna e o Beijo Francês)

Não me consigo lembrar de nenhum assim do nada, porque costumo gostar do que toda a gente gosta e não gostar do que todas as pessoas não gostam... Acho que isso significa que sou uma ovelhinha, guiada pela mass media... Oh, o horror!!


No entanto, já vi muita gente a criticar livros como Anna e o Beijo Francês, de Stephanie Perkins, e Eleanor & Park, de Rainbow Rowell.

Sou daquelas pessoas que gosta de ver reviews negativas de livros, até livros que gosto. Há um tempo atrás vi uma rant review da booktuber LilyCReads sobre Anna e o Beijo Francês em que ela explica detalhadamente o porquê de ela não ter gostado do livro. Razões como o Étienne basicamente trair a sua namorada com a Anna, não fisicamente, mas emocionalmente, e a Anna ter uma aversão a todas as outras raparigas amigas dele. Quando li este livro, não reparei em nenhum destes problemas, mas claro que a minha mentalidade quando tinha 13 anos é muito diferente da minha mentalidade hoje em dia. No entanto, não consigo deixar de pensar na Anna e no Étienne com um carinho, porque acho que ficam muito fofos juntos! Acho que este livro vai ser um daqueles que não vou reler por medo de mudar a minha opinião, mas que vou guardar na minha memória como algo agradável.

A review que assisti de Eleanor & Park da LilyCReads (adoro as reviews dela!) também foi fenomenal. Mesmo assim, não consigo deixar de pensar que eles são os dois muito fofos e que aquele final me deixou pendurada (e ainda estou chateada com isso, Rowell! só queria saber o que acontece a seguir!)



3) Um triângulo amoroso em que o personagem principal acabou por ficar com a pessoa que NÃO querias que ele ficasse OU um OTP que não gostas

Okay, o triângulo amoroso entre eu, o Leo Valdez e a Calypso na série Heróis do Olimpo de Rick Riordan. A sério, estava convencida que o Leo me ia escolher a mim! Ugh! Já tinha os papeis para mudar de nome e uma T-Shirt com Valdez escrito atrás.

Estou a brincar.

Obviamente.

Menos na parte da T-Shirt, tenho uma T-Shirt de futebol de um clube local que diz Valdez atrás... Não me arrependo de nada.

Quanto à parte dos OTP, se OTPs não canon contarem: Percico. Não tolero a ideia do Percy e do Nico juntos. Não há nada de errado naquela paixoneta que o Nico teve pelo Percy, mas era apenas uma paixoneta! O Nico é mais novo que o Percy e, apesar do Percy ter só 17 anos, acho que seria irresponsável ele sair com o Nico, de 13 ou 14. Pode não ser uma diferença de idades muito grande, mas na idade que eles têm, não seria saudável. A maturidade é diferente. Nico é maduro em muitos aspetos porque teve a infância retirada das suas mãos com a morte da sua irmã em livros anteriores, mas é imaduro em aspetos como sentimentos. Nico não sabia lidar com os seus sentimentos e era atormentado pelo que sentia pelo Percy.


Wow, isto fez com que me apercebesse de todos os sentimentos que tenho sobre Percy Jackson. Preciso de reler a série completa.

Se só contarem OTPs canon: acho que não tenho uma resposta assim na ponta da língua, mas houve uma época em que não gostava de Caleo. Bem, para ser precisa, gostava de Caleo, deixei de gostar e agora estou... hm. Não sei ainda onde me situo. Por um lado, gostei das interações entre o Leo e a Calypso n'A Profecia das Sombras. Por outro lado, sinto que o amor deles não é completamente genuíno no sentido de ter sido desenvolvido ao longo de vários livros como o de alguns casais da série foram (como por exemplo, Percabeth, que é uma das relações mais bem desenvolvidas que já li). Sinto que talvez o amor que a Calypso sente pelo Leo seja apenas algo que aconteceu devido à maldição dela enquanto estava em Ogígia. Era o castigo dela apaixonar-se por todos os homens que fossem parar na sua ilha. Será que ela se teria apaixonado por Leo em circunstâncias normais? Não sei.

Também estou a tentar ser um pouco tolerante da Calypso. Houve uma época em que estive um pouco contra ela devido àquela praga que ela lançou sobre a Annabeth. Já a perdoei por isso, ela não sabia que a Annabeth ia sofrer mesmo as consequências daquilo enquanto estava no Tártaro, e entendo perfeitamente o lado dela: milénios a apaixonar-se por homens que escolhem sempre ir embora! Ela disse aquilo no momento, sem pensar. Aprendi a gostar dela com o tempo! Ela é porreira.



4) Um género de livros que raramente lês

Não tenho lido nada ultimamente, mas praticamente todos os livros que leio são ficção. Livros sobre acontecimentos reais não são livros que costumo ler, embora agora que estou a ganhar um interesse sobre moda histórica e sobre história em geral, talvez procure algum... Talvez procure um sobre o Holocausto ou sobre a Época Vitoriana ou a Época da Regência na Inglaterra (apaixonei-me pelos vestidos).

Sinceramente, acho que o único livro não-ficção que me lembro de ler é Popular de Maya van Wagenen, que li há dois anos e tal... Não sei porque não li mais, adorei aquele livro! (eis uma recomendação para vocês wink wink)




5) Um personagem popular ou adorado que tu não gostas

Já falei nele na primeira pergunta, mas o Tobias de Divergente chateia-me. O Thomas e a Teresa de The Maze Runner também.



6) Um autor popular que não consegues gostar

Não tenho nenhum! Não tenho lido mesmo nada ultimamente, e o que tenho lido tem sido sempre por autores que já conheço, como Cassandra Clare e Rick Riordan. Não me tenho aventurado nada, oops.



7) Uma trope popular que estás cansada de ler

Trope- tema cliché em ficção

Triângulos amorosos chateiam-me às vezes, mas admito que também tornam as coisas interessantes quando fazem sentido. O triângulo amoroso que me chateou mais foi o "triângulo amoroso" entre o Percy, a Rachel e a Annabeth em Percy Jackson, mas pensando bem, nem foi um triângulo amoroso a sério... Vamos ser realistas, o Percy e a Annabeth estavam destinados.

Agora sinto-me mal ao lembrar-me disto, não gostava da Rachel... Oops? Pelo menos passei a gostar dela. Fun fact: a Rachel é o meu ícone no Tumblr.

Outra trope que me chateia é a trope de "não sou como as outras raparigas!"

Qual é o problema de ser como as outras raparigas? Acho que esta trope faz com que aquele estereótipo de raparigas que se preocupam com a sua beleza serem burras prevaleça. Uma mulher pode ser tipicamente feminina e ser inteligente na mesma. Pode usar saias e maquilhagem e ser badass.

Vou ser sincera: passei uma fase em que pensava que maquilhagem e cor-de-rosa eram estúpidos. Eu era "diferente". Será que eu pensava isso verdadeiramente? Acho que não. No fundo, gostava de maquilhagem. Gostava de roupas bonitas. Gostava de penteados. Gostava de cor-de-rosa.

Acho que não é saudável que todas as personagens femininas inteligentes não façam coisas tipicamente "de mulher". Devíamos ensinar às meninas que elas podem ser femininas sem perder o seu valor como pessoas inteligentes e independentes. Afinal, uma faca cor-de-rosa também esfaqueia. Um taco de baseball da Hello Kitty também faz estragos.

Obviamente, uma personagem pode ser uma mulher e não gostar de usar maquilhagem e gostar de coisas tipicamente masculinas. Acho que também é realista retratar mulheres assim, visto que todas são diferentes. O que quero dizer é que aquele complexo de superioridade da gaja ser diferentona, ouvir heavy metal e detestar o Justin Bieber/o que quer que esteja na moda na altura, só usar All Star velhinhas em vez de comprar as sapatilhas da moda, etc., não é saudável e chateia-me sempre.

Porque adivinhem só: as raparigas que têm esse complexo não são nada diferentes das outras. Na verdade são completamente iguais aos milhares de raparigas que pensam como elas. Vamos ser realistas: já nada é original. 7 biliões de pessoas nesse mundo. Poupem-me.

Felizmente, isso de ser "diferente das outras" costuma ser só uma fase, mas autores publicados que demonstram isso nos seus livros como uma característica boa fazem-me revirar os olhos.



8) Uma série popular que não tens interesse em ler

Não sei o que agora é popular na comunidade dos livros, já me perdi nesse mundo. Também costumo ter interesse em ler tudo, por isso não me vem nenhum exemplo passado à cabeça.



9) Dizem sempre que o livro é melhor que o filme, mas que filme achaste melhor que o livro?

Também não tenho resposta para esta pergunta! Não sou muito pessoa de ver filmes. Vejo alguns, mas quando é para os ver em casa, fico sempre aborrecida a meio. Costumo ver coisas mais curtas. Gosto bastante de ir ao cinema, mas em casa há sempre outra coisa a fazer e acabo por me distraír.

(uma história: Quando eu li O Marciano de Andy Weir, estava a planear ver o filme a seguir. Até hoje não o vi e já se passaram dois anos.)





Para ser completamente honesta, já me tinha esquecido do quão divertido escrever sobre livros pode ser! Há algum tempo que não o fazia. Deu-me vontade de ler mais e de reler Percy Jackson.

(Estou sempre com vontade de reler Percy Jackson, though)

-Mari.

2018... Que estranho.

Lembro-me de há uns anos atrás pensar em anos tipo 2014 e ficar tipo "wow, ainda falta tanto tempo" e esses já se foram...

Pensar no ano novo deixa-me um pouco ansiosa, mas naquele sentido de ter aquela sensação estranha no estômago. É feliz e ao mesmo tempo triste, porque toda a gente começa janeiro com aquela mentalidade de "este ano vou ser melhor!" e acaba por falhar as suas resoluções, como tem feito todos os anos.

O ano passado, quando fiz um post desses, disse que ia atualizar a lista ao longo do ano e depois esqueci-me... Este ano, vou tentar lembrar-me, pois sinto que está muito incompleta.





JANEIRO:

05/01/2018-> novos episódios de Steven Universe! São apenas dois, mas estou ansiosa. Está confirmado que o Steven vai ao espaço e vai ver o Lars novamente, e já estava na altura mesmo.

24/01/2018-> faço 16 anos. Isso é muito estranho! 16 é aquela idade que eu queria sempre ter nas brincadeiras que fazia quando era mais pequena, e via pessoas dessa idade como sendo "adultas", mas agora tenho quase 16 anos e ainda me vejo como uma criança, sem saber o que estou a fazer com a vida... Oh, well. Tempo é estranho.





FEVEREIRO:

??/02/2018-> lançamento do 11º volume de Assassination Classroom em Portugal! Infelizmente, não li todos os volumes ainda porque estou a poupar para comprar um ukulele novo, mas quando puder, vou fazer investimento nos 3 volumes que me faltam! Estou a ver o anime à medida que leio o mangá para não levar spoilers, então preciso mesmo de ler mais. Se algum de vocês quer ler um mangá e não sabe qual, recomendo Assassination Classroom! É a primeira série de mangá que acompanho, e preciso de mais, mais, e mais.

MARÇO:

??/03/2018-> lançamento do 11º volume de Tokyo Ghoul em Portugal! Estou a acompanhar a série à medida que esta é lançada cá (estou atualmente no 8º volume, mas a minha amiga vai emprestar-me o 9º quando acabar de ler), e estou investida no que está a acontecer e nas diferenças entre o mangá e o anime.





ABRIL:

07/04/2018-> a terceira temporada de Boku no Hero Academia vai sair em abril! Este é provavelmente um dos animes que mais antecipo para 2018. Já tenho saudades dos personagens!

03/04/2018-> outro anime para o qual estou muito ansiosa éTokyo Ghoul:re. Depois daquele episódio final da segunda temporada... Estou muio feliz por, enquanto eu estava a ver a segunda temporada, ter sido anunciada a terceira temporada, e ainda mais feliz por esta chegar assim tão cedo! Ou tarde, tendo em conta que Tokyo Ghoul √a saiu em 2015... Oops? Antes tarde do que nunca?

MAIO:

01/05/2018-> lançamento de The Burning Maze (O Labirinto em Chamas) de Rick Riordan, o terceiro livro na série Trials of Apollo. Oh boy, um ano sem esperar por Magnus Chase vai ser estranho, mas agora a hype para Trials of Apollo só aumenta!





JULHO:

??/07/2018-> Attack On Titan, temporada 3. Felizmente, eu não tinha visto AOT na altura em que saiu a primeira temporada, em 2013, portanto não estive presente nos 4 anos de espera pela segunda temporada que se seguiram, mas é refrescante saber que não vou ter de esperar o que os "fãs originais" esperaram para ver a terceira!





DEZEMBRO:

04/12/2018-> lançamento de Queen of Air and Darkness (Rainha do Ar e das Trevas) de Cassandra Clare, o terceiro e último livro na série Os Artifícios Negros. Ainda não li O Senhor das Sombras, mas gostei muito do Lady Midnight e estou muito interessada na história do Julian e da Emma. É só uma pena que ainda falta muito! Mas no lado positivo, não me sinto pressionada para acabar o que estou a ler assim tão cedo, e ainda se calhar leia os últimos livros d'Os Instrumentos Mortais durante a espera. (Sim, eu estou a ler Os Artifícios Negros antes de acabar Os Instrumentos Mortais, processem-me)

Gostava de aproveitar este momento para apreciar isto:



Este olhar tão obviamente platónico... Sim... Amizade... Sure, Jan.

A maneira como eles olham um para o outro, em comparação com a primeira temporada, tem sido tão siudhidsfuhfisud (nem arranjo palavras, oh gosh)! Character development!!



Neste episódio, o pai da Marinette vai dar aulas de culinária à escola e a Chloé, sendo Chloé, chama os bombeiros sem razão e arranja maneira de eles todos serem castigados... menos ela, a culpada.

Eu gostei tanto quando o Adrien, sem hesitação, defende a Marinette. (YESSS)

Gostei ainda mais quando ele falou ao ouvido dela.

Mas nada se compara à felicidade que eu senti quando ele brigou com a Chloé! Yes, finalmente!!



Quero esclarecer desde já que eu não odeio a Chloé. Nesse post pode parecer que sim, mas não é o caso, juro. Eu acho que ela tem problemas como o Adrien (são mimados e a mãe não está presente), mas lida com eles de uma maneira diferente.

É por isso que eu acho que, com esse episódio, começa lentamente a redenção da Chloé.





A Chloé fica triste e o mordomo dela propõe que ela dê uma festa para provar que pode ser simpática!

Adoro esse mordomo.

Vemos que a Chloé se lembra de a mãe se ter ido embora:





Ela definitivamente tem problemas por causa disso. Não estou a dizer que há algo de errado em ter 14/15 anos e ainda ter um peluche que lhe conforta (principalmente porque eu cof souculpadadedormircomumpeluche), mas...


O desaparecimento da mãe, embora não justifique o comportamento da Chloé, certamente o explica.




Eu ri um bocado quando o Papillon descobre que a Chloé vai dar uma festa (provavelmente porque o Adrien foi pedir autorização ao pai quE NÃO MERECE O FILHO QUE TEM), vê isso como uma oportunidade de lançar um akuma porque sabe que alguém vai ficar mal.



REPAREI NUMA COISA!

Nesse post que fiz em dezembro do ano passado, falei na teoria do Gabriel Agreste ser o Papillon e falei num dos contra-argumentos. Esse contra-argumento era o de ser possível ver a Torre Eiffel ao longe, quando o Papillon soltava a sua akuma:


Esse foi exatamente o screenshot que usei no post, tirado de um episódio da primeira temporada.

No post, eu disse:

"Nós costumamos ver a akuma a sair do quarto secreto do Papillon quando ele a envia, e o que vemos ao fundo?

A Torre Eiffel.

Pessoalmente, acho que este argumento é meio que... inválido?

Nós não conhecemos bem o Papillon. Não sabemos quais são os seus poderes. Há uma possibilidade de um homem com tanto dinheiro ter um sítio secreto noutro sítio em Paris e ter poderes de teletransporte.

Tenho de admitir que acho pouco provável que seja verdade que ele tenha poderes de teletransporte, já que os seus poderes são baseados em borboletas e borboletas não se teletransportam, voam. Mas é possível.

Claro que também é possível que tenha sido um erro de animação, quem sabe?"